Haddad é primeira opção de eleitor volátil de Russomanno



Folha de São Paulo

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, pode ser o maior beneficiário de votos que o líder Celso Russomanno (PRB) venha a perder até domingo, o dia da eleição.
Quem diz isso são os próprios eleitores de Russomanno. Ao Datafolha, 26% deles afirmam que ainda podem trocar de candidato. Neste grupo de não convictos, 31% dizem que, se mudar, Haddad é o candidato que tem mais chance de receber o voto.
Atrás do petista, nesse recorte específico da pesquisa, estão empatados José Serra (PSDB) e Gabriel Chalita (PMDB). Cada um teria 17% dos votos que eventualmente possam deixar de ir para Russomanno. Soninha Francine (PPS) herdaria 9%.
A disputa sobre os paulistanos que ainda podem abandonar Russomanno ganhou importância após as pesquisas detectarem forte queda em suas intenções de voto.
O candidato do PRB foi o que mais caiu nos últimas duas semanas. Em 14 dias, perdeu mais de um quarto de seus eleitores. Foi de 35%, na pesquisa de 18 e 19 de setembro, para 25% na última rodada, finalizada anteontem.

No período em que Russomanno perdeu dez pontos, Haddad já foi o maior beneficiado. Entre as duas pesquisas, o petista subiu quatro pontos, de 15% para 19%.
O segundo candidato que mais cresceu no intervalo de 14 dias de forte queda de Russomanno foi Chalita, que pulou de 8% para 11%.
Serra oscilou de 21% para 23%. Foi menos que os concorrentes do PT e do PMDB, mas o suficiente para colocá-lo em situação de empate técnico com Russomanno na liderança da disputa.
PERDAS E GANHOS
Entre os eleitores que hoje declaram voto em Serra e Haddad também há uma parcela que admite trocar de candidato até o dia da eleição.
No caso do tucano, 76% de seus apoiadores afirmam que estão totalmente decididos, 23% dizem que ainda podem mudar. Nesse universo de serristas não convictos, Russomanno é a segunda opção para 32 %; Haddad, para 24%.
Já entre os que votam em Haddad, 79% afirmam que já estão totalmente decididos. É o maior índice de convicção entre os três mais competitivos. Outros 19% afirmam que ainda podem deixá-lo.
MULHERES
Nos 14 dias entre as duas pesquisas, Russomanno perdeu 12 pontos entre as mulheres e 8 pontos entre os homens.
Para o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, pode ser um indício de que ele continuará caindo. "Venho notando há alguns anos que muitas vezes as mulheres antecipam tendências", diz. "Como a queda de Russomanno foi maior entre elas, é possível que na próxima pesquisa esse movimento ocorra entre os homens."

(RICARDO MENDONÇA)

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