Rio terá centro mundial de tecnologia limpa


Instituto, que será criado em parceria com o Pnuma, terá como foco o estudo de energias renováveis e tecnologias de baixo carbono

Agência Estado
Enquanto seguem indefinidas as negociações entre países para a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi anunciada nesta segunda-feira (21) uma parceria do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o governo do Estado. A iniciativa vai resultar na criação do Instituto de Tecnologia Verde em instalações da Coppe/UFRJ, na Ilha do Fundão, zona norte do Rio.

O ex-ministro do Meio Ambiente e secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, disse que o novo centro global de pesquisa será anunciado pela presidente Dilma Rousseff na Semana do Meio Ambiente, no início de junho. Segundo ele, o foco será em energias renováveis e tecnologias de baixo carbono. "Será uma parceria ou convênio do Pnuma com a Coppe e o Estado do Rio", explicou a subsecretária de Economia Verde, Suzana Kahn. O novo órgão vai abrigar pesquisadores brasileiros e estrangeiros. 

O diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, é o secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. "O novo grande centro mundial de tecnologia limpa, de baixo carbono e economia verde será criado no Rio. Quando esteve aqui o (Achim) Steiner, chefe do Pnuma, isso foi discutido com a presidente Dilma", disse Minc durante evento no Palácio da Cidade para divulgar o Rio Clima, iniciativa que será realizada de 13 a 21 de junho, durante a Rio+20.

A criação do Instituto de Tecnologia Verde, ou Green Tec, ocorre paralelamente à discussão de uma mudança da governança para o desenvolvimento sustentável no âmbito da ONU. Uma das propostas é a criação de um conselho ou centro de desenvolvimento sustentável, além do fortalecimento do Pnuma, que hoje depende de contribuições voluntárias dos países. A proposta europeia de transformação do Pnuma em uma agência global de meio ambiente, com a força de uma Organização Mundial do Comércio (OMC), não é apoiada pelo governo brasileiro nas negociações. "Eu apoio, mas a posição do governo ainda não é essa", disse Minc.

O ex-ministro disse que o governo federal vai aproveitar o Dia Mundial do Meio Ambiente para anunciar a criação de unidades de conservação no País (uma das críticas de ambientalistas à gestão Dilma é justamente a falta de novas áreas), além da adoção de um mecanismo de compras e construções sustentáveis na esfera federal. O Estado do Rio também prepara um decreto em relação à questão da sustentabilidade em licitações. Minc afirmou ainda que o governo federal deverá anunciar no dia 5 acordos setoriais para o cumprimento da meta voluntária assumida pelo País de redução das emissões de gases de efeito estufa até 2020.

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