TUCANOS EMPLUMADOS ESTÃO SENDO DEPENADOS AOS POUCOS EM SP.


CPI para investigar 'comércio' de emendas preocupa governo de SP

Folha.com,

A abertura de uma CPI para investigar o escândalo das emendas preocupa o Palácio dos Bandeirantes, pois a comissão teria prerrogativa de convocar seis secretários e ex-secretários citados por Roque Barbiere (PTB)
No Conselho de Ética da Assembleia, eles podem ser apenas convidados. Faltam à oposição quatro assinaturas para criar a CPI.
No dia 10 de agosto, o deputado Roque Barbiere (PTB) havia dito ao jornal "Folha da Região", de Araçatuba, que de "25 a 30%" dos deputados vendem emendas.
Em carta entregue ao Conselho de Ética da Assembleia paulista, Barbiere evitou novamente revelar nomes de deputados que participaram do suposto esquema de venda de emendas parlamentares.
Ele ainda fez críticas ao governo de São Paulo, que, segundo ele, não o respondeu sobre um requerimento em que questionou formalmente a Casa Civil sobre quais deputados destinaram emendas a entidades e obras públicas. "Estou triste, sim, e muito triste, com as declarações do governo de que nunca os alertei", disse o deputado.


Deputado faz emendas clonadas para construir barracões.

Folha.com,

Autor de uma emenda destinada a erguer um barracão no município de Lourdes cuja finalidade ninguém sabe, o deputado Dilmo dos Santos (PV) apresentou pedidos similares para outras sete cidades da mesma região.
Todos os pedidos foram feitos por meio de ofícios encontrados pela Folha na Assembleia Legislativa. Eles são endereçados ao governo Geraldo Alckmin (PSDB), por meio de indicações do gabinete do deputado nos últimos 60 dias.
No total, foram nove pedidos dele por galpões --o município de Embaúba recebeu duas indicações--, com o mesmo valor, R$ 150 mil, e justificativa similar. Nos pedidos, há parágrafos inteiros idênticos.

OUTRO LADO
Procurado, o deputado não retornou os telefonemas ontem.
A Secretaria de Desenvolvimento Social disse que barracões deste tipo comportam atividades de capacitação profissional e também são usados para reuniões de comunidades de baixa renda. Disse ainda que os convênios do governo passam por rigorosa análise técnica.



Na Birigui de 'Roquinho', mãe dá nome a bairro e biblioteca pública


Folha. com,

No conjunto residencial Thereza Maria Barbiere, em Birigui (507 km de São Paulo), é difícil encontrar quem não acompanhe as acusações do deputado estadual Roque Barbiere (PTB-SP) de venda de emendas na Assembleia.
Reportagem de Rodrigo Vizeu, publicada na Folha desta sexta-feira mostra que moradores do bairro, batizado com o nome da mãe do deputado quando ele era vice-prefeito, dizem ser eleitores de Barbiere e o apoiam na polêmica. No local também há uma biblioteca com o nome da mãe do petebista.
Barbiere está no centro da polêmica a respeito da liberação de emendas parlamentares em São Paulo, que começou após ele afirmar, em entrevista ao jornal "Folha da Região", que de 25% a 30% dos parlamentares enriqueceram negociando emendas com prefeituras e fazendo lobby para empreiteiras. Ele, no entanto, não citou nomes.

Em entrevista coletiva a jornalistas concedida na quarta-feira na Assembleia Legislativa, Barbiere reafirmou a acusação e se referiu ao Legislativo paulista como camelódromo. "Isso é igual camelô, cada um tem um jeito".
Entretanto, o deputado ainda não revelou os nomes dos parlamentares que teriam negociado emendas. Ontem, em carta entregue ao Conselho de Ética, Barbiere negou que tenha comparado a Assembleia a um camelódromo e disse que a maioria dos seus colegas deputados é "gente boa".


Autor das denúncias do emendoduto disse que vai levar uma testemunha para sustentar sua tese

Roque Barbiere disse que, se quebrar sigilo, Ministério Público chega a nomes


Fausto Macedo no Estadão,

"Vou dar informações para o promotor identificar nomes, se ele quiser", avisa Roque Barbiere (PTB), deputado estadual que abalou a Assembleia Legislativa de São Paulo, a maior do País, com denúncias sobre suposto esquema de venda de emendas parlamentares.

Na tarde desta segunda-feira, 10, em São Paulo, após um lanche – pães de queijo e duas latas de refrigerante –, logo que chegou de sua Birigui, a 500 quilômetros da capital, Barbiere reiterou que não pretende dar nomes de seus pares, porque a delação não é de seu feitio.


Ainda emocionado e eufórico com o nascimento da filha – Tereza Maria do Rosário, "esta luz enviada dos céus", nasceu prematuramente em 29 de setembro, na cidade de Araçatuba – o petebista aguarda a hora para depor ao Ministério Público Estadual.
O sr. vai apontar nomes à promotoria?
Eu morro, mas não dou nomes. Até porque não vai mudar o sistema. Posso dizer que vou levar ao promotor (Carlos Cardoso, da Promotoria do Patrimônio Público e Social) elementos que lhe permitirão seguir caminho seguro para descobrir nomes.
Que informações são essas?
São dados necessários para que o promotor possa tirar suas conclusões. Se ele quebra o sigilo, ele descobre, identifica.

O sr. vai apresentar provas?
Vou levar uma testemunha. Uma pessoa que conhece muito, sabe falar certas coisas importantes. Vai me acompanhar para relatar de livre e espontânea vontade. Cada dia recebo mais informações. Ninguém manda emenda para onde não tem voto, ninguém em toda essa galáxia.
Essas informações vão levar aos nomes?
Sim, (o Ministério Público) poderá chegar a alguns nomes de deputados e ex-deputados.
Qual o seu real objetivo?
Colaborar para acabar com o atual sistema de emendas. Minha cruzada só tem uma finalidade: dar transparência total à tramitação das emendas. Jamais pretendi enxovalhar meus colegas. Afirmo que a grande maioria dos deputados é gente de bem, honesta. Acho isso de coração.
Mas o sr. não comparou a Assembleia a um camelódromo?
Eu renuncio ao meu mandato se alguém provar que eu disse isso. Nunca tinha ouvido falar essa palavra, só conhecia sambódromo.
Onde pretende chegar?
Minhas denúncias já deram um bom resultado para a Assembleia. Ainda que apareça apenas o nome de meio deputado minhas denúncias já seriam válidas. Ajudei a Assembleia. Já houve grande avanço, com a disponibilização de dados na internet e a inclusão das emendas no orçamento. As denúncias serviram para alguma coisa. Sou um cara verdadeiro, prezo muito isso. Não quero aparecer na mídia, quero ajudar a limpar um pouco a sujeira antes de voltar para a roça.

MP mira verba de emenda em licitação

Promotoria apura indícios de fraudes em concorrências no interior de SP e vai cobrar as indicações parlamentares entre 2007 e 2010


O Ministério Público Estadual quer saber se a Demop Participações Ltda e outras empresas do grupo usaram verbas oriundas de emendas parlamentares em licitações vencidas nas prefeituras de Olímpia e Guaraci, no interior do Estado. O objetivo do MP é descobrir se as licitações - abertas entre 2007 e 2010 e sob suspeita de irregularidades - eram parte de um suposto esquema de venda de emendas na Assembleia Legislativa.
Chico Siqueira no Estadão,
O promotor José Márcio Rossetto Leite disse que vai solicitar à Assembleia a lista das indicações no período e dos autores para saber se as licitações foram bancadas com verbas provenientes das emendas.
Rossetto também vai pedir à Procuradoria-Geral de Justiça para requisitar a atuação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) para uma investigação nos municípios onde a Demop venceu licitações.
O escândalo das emendas foi denunciado pelo deputado Roque Barbiere (PTB) há dois meses, mas até hoje ele não foi ouvido pelo Ministério Público, que nada avançou na apuração - a Procuradoria-Geral foi alertada em 11 de agosto pelo vereador Dr. Nava (PSC), de Araçatuba.
Em Olímpia, a promotoria pretende reabrir um inquérito que investigava improbidade administrativa após licitação aberta em 2010, pela modalidade de registro preços, no valor de R$ 8 milhões, para diversos tipos de obras, como pavimentação, recapeamento e infra estrutura urbana. O promotor Rossetto Leite disse que o inquérito deverá ser reaberto para a produção de novas informações, devido às investigações sobre a mesma licitação que correm no âmbito do Ministério Público Federal (MPF).
Em Guaraci, o MP quer saber se as emendas fazem parte de um esquema de fracionamento de licitações, que teria beneficiado a Demop e a Scanvias Construções e Empreendimentos Ltda, entre 2007 e 2009.
O inquérito apura indícios de fraudes em mais de 30 licitações, muitas delas vencidas por cartas-convite pela Demop e Scanvias. As licitações renderam cerca de R$ 850 mil para as empresas.
Pregão. A assessoria do grupo da Demop informou, em nota, que, no caso de Olímpia, não há razões para que o inquérito seja reaberto porque a ata que estabeleceu a modalidade de registro de preços já venceu.
"Trata-se de uma ata de registro de preços e não de um contrato. É uma modalidade onde o poder público aprova preços num certame de pregão presencial publicado no Diário Oficial. O vencedor simplesmente fica com os preços unitários aprovados. Futuramente, havendo recursos e ou necessidade de efetivar a compra, efetua-se o contrato dos itens. O poder público tem a prerrogativa de comprar ou não do vencedor do registro de preços", afirma a nota.

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